quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dicionário de símbolos

Abutre



Morte, agente regenerador, purificador, mago,  divindade de abundância,  fecundante,  fertilidade, abundância, transmutação, ressurreição,  pássaro adivinhatório.


O abutre real, devorador de entranhas, é um símbolo de morte entre os maias.


Mas, por alimentar-se de corpos em decomposição e de imundícies, também é considerado um agente regenerador das forças vitais contidas na decomposição orgânica e em resíduos de todo o tipo, ou seja, um purificador, um mago que garante o ciclo da renovação, transmutando a morte em vida.

No simbolismo cosmológico, está associado aos signos de água, como é o caso do calendário maia e de que governe as preciosas tempestades da estação seca, assegurando a renovação da vegetação e, por isso, tornando-se uma divindade de abundância.


Por essas mesmas razões está associado ao fogo celeste, purificador e fecundante.

É na África, como na América, um símbolo de fertilidade e de abundância, em todos os planos da riqueza: vital, material e espiritual.

O abutre é por vezes identificado com Ísis,   nos  Textos   das Pirâmides.

É na noite, nas trevas, na morte, que a deusa abutre reanima a alma, que ressuscitará na madrugada.


Muitas vezes na arte egípcia, o abutre representa o poder das Mães celestes. Absorve os cadáveres e novamente dá a a vida, simboliando o ciclo da morte e da vida numa perpétua transmutação.

Nas tradições greco romanas, o abutre é, um pássaro advinhatório, um dos consagrados a Apolo, porque seu vôo, como o do cisne, o do milhano e o do corvo, oferece pista a presságios.

CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 9.

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