sábado, 10 de setembro de 2011

As canções mais "Freud explica" do mundo

O tempo não para

Para concluir nossa semana cívica, ficamos com Cazuza e o "Tempo não para".


A música tem mais de 20 anos e é curioso como sua letra não nos causa estranheza nos dias de hoje, pois, é extremamente atual e até reveladora.


"Eu vejo o futuro repetir o passado".


Há quem diga que Cazuza foi um compositor incrível, mas não, um bom intérprete. Discordo.


O fato do músico interpretar as canções que criava revela ainda mais sua coragem, mesmo diante de críticas.


Não imagino algumas músicas dele na voz de outras pessoas e ninguém com maior propriedade que seu autor para interpretá-las.


Bem, como disse, encerramos nossa semana cívica. E ainda sentimos um gosto estranho e amargo quando ouvimos "O tempo não para".



O Tempo Não Para

Cazuza e Arnaldo Brandão

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para
Não para, não, não para  






quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dicionário de símbolos

Aerólito


Teofania.



Os aerólitos (também meteoritos rochosos ou meteoritos pétreos) são meteoritos que possuem na sua composição uma elevada percentagem de minerais silicatados e uma reduzida percentagem da liga ferro-níquel.

Classificam-se como:
  • Condritos - possuem côndrulos, que são pequenos agregados esféricos, com cerca de 1 mm de diâmetro, de minerais de alta temperatura, tais como a olivina e a piroxena. Subdividem-se em condritos ordinários, condritos carbonáceos, condritos de enstatite e outros condritos. Os condritos carbonáceos contêm compostos orgânicos de origem extraterrestre e água, os quais poderiam ter contribuído para o aparecimento da vida no nosso planeta.
Condrito enstatito. 






Condrito carbonáceo.





Condrito ordinário.


Condrito brecha.





  • Acondritos - são aerólitos de textura homogénea, ou seja, sem o desenvolvimento de côndrulos, apresentando grande semelhança com as rochas da superfície terrestre, em composição e textura.
Meteorito ALH84001
Meteorito ALH84001, encontrado na Antártida, é um acondrito oriundo do planeta marte. Meteorito Tatahouine, é um raro acondrito diogenito. Encontrado no deserto de Tatahouine na Tunísia.


Meteorito Tatahouine

Considerado uma teofania, uma manifestação de uma mensagem do céu.

É como uma centelha de fogo celeste, um grão de divindade caído sobre a terra.

Segundo as crenças primtivas, os astros eram divindades; as parcelas que deles se desprendiam eram como sementes.

O aerólito desempenha função análoga à do anjo: estabelecer uma comunicação entre o céu e a terra.

É um símbolo de vida superior que se faz lembrar ao homem como um chamamento ou que com ele se comunica.

Fonte: CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 14.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3lito
http://www.meteoriticainfo.webs.com/

1000 vezes Rogério Ceni!

REPRODUÇÃO

Por Amanda Borba.

7 de setembro, feriadão e comemorações em todo país por causa da independência brasileira. Agradeço a Deus e aos meus pais por nunca ter assistido esses chatíssimos desfiles de 7 de setembro. Pra mim nunca fez sentido ficar balançando bandeirinha e assistir pessoas marchando. Fui dispensada desta baboseira patriótica. Maravilha!

Enquanto isso, no estádio do Morumbi uma celebração por um momento histórico aconteceu. O maior ídolo da história do SPFC, o goleiro Rogério Ceni, está se tornando "Milenar": 1000 jogos com a camisa tricolor. O feito é tão extraordinário que, no Brasil, somente Pelé pelo Santos e Roberto Dinamite pelo Vasco alcançaram esta marca.

Nas vésperas do jogo 1000, Rogério Ceni foi alvo de todo tipo de homenagem. Mas, como qualquer pessoa, Rogério não é unanimidade, porém para grande parte da mídia e da torcida são-paulina, o goleiro-artilheiro é um "Mito".

Todo mundo diz que Ceni é um grande goleiro (alguns exageram ao considerá-lo o melhor da história), que com os pés é espetacular e 103 gols para um goleiro é uma marca dificílima de ser batida. No atual momento do futebol, movido a interesses milionários, é difícil encontrar um jogador com uma carreira tão longa e vitoriosa por um mesmo clube e que ainda é idolatrado por toda uma torcida. Não se vê com mais frequência atletas que joguem por amor à camisa do seu clube de coração e que ame o seu time incondicionalmente. Talvez, Rogério Ceni e Marcos, sejam os últimos ídolos, neste sentido, do futebol brasileiro.

Concordo com todos os elogios que são feitos a ele. Pela importância de Ceni na história do São Paulo e por todos os seus méritos, homenageá-lo é algo justo e obrigatório.

No entanto, como são-paulina, eu tenho uma relação anfibológica com Rogério Ceni. Particularmente, considero o Ceni um ótimo goleiro que já teve seus melhores momentos (atualmente não), sendo decisivo defendendo ou fazendo gols e me proporcionando ocasiões de alegrias e de tristezas. Também o vejo com um dos poucos jogadores bem articulados e com opiniões que fogem do trivial. Entretanto, diferentemente da maioria da torcida são-paulina que o idolatra demais, eu não amo nada incondicionalmente e muito menos o Rogério Ceni. Apesar da minha pouca idade, me considero uma são-paulina "das antigas" e meus ídolos preferidos do Tricolor Paulista são Raí, Careca, Pedro Rocha, e Telê Santana.

Dito isto, declaro com todas as letras que não gosto da figura do Rogério Ceni. Ele é a representação máxima do estereótipo negativo do são-paulino: antipático, arrogante, com um enorme nariz empinado e que pensa que o São Paulo é o único clube "bonzinho" e "correto" e que traz a luz que paira nas trevas da ignorância do futebol brasileiro. Ou seja, um clube diferenciado, perfeito e civilizado em meio às gentalhas.

Um exemplo disso foi no episódio hipócrita da "paradinha". Ele tentou dar uma lição de moral no Neymar e semanas depois esqueceu o seu discurso e fez a mesma coisa que o garoto. Isso é típico de quem tem muitas virtudes, mas se acha perfeito e intocável.

É impressionante como ele consegue manobrar a mídia e a torcida a seu favor, amenizando as suas falhas. Não sabe como me irrita a falta de crítica da maioria da torcida do São Paulo. Criticar ou não endeusar Rogério Ceni é algo imperdoável para essa galera. Falar sobre as famosas e odiosas "ajoelhadas" do goleiro-artilheiro ou de suas falhas é motivo de briga entre os são-paulinos. É como se estivesse "traindo o movimento" ou não sendo são-paulino.

Mas isso pouco me importa. Respeito tudo o que o Rogério Ceni fez e está fazendo pelo meu time, parabéns por todos os recordes e feitos, mas não me peçam para ser uma "cenizete", pois eu não consigo.