sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amanda comenta

Uruguay Nomá!

 

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La Celeste


Olá caríssimos leitores!

A Copa América está chegando ao seu final e veremos charrúas versus guaranis no próximo domingo. O Uruguai que já havia estragado a festa argentina (para a minha desilusão), tratou de despachar a seleção peruana. Enquanto isso a seleção guarani, com o seu fortíssimo ritual dos empates, mandou para casa “La Vinotinto”, colocando um ponto final em sua “revolución bolivariana” na Copa América.

Como todos podem perceber uma “onda celeste” invadiu a “Terra Brasilis”. E pelos mais diversos motivos. Seja por simpatia, por ter um uruguaio no seu time de coração ou mesmo por amar a história do futebol uruguaio. Mas o que mais está encantando muitos brasileiros são a velha raça e garra uruguaia. Aquela raça que não existe na atual geração da minha querida Albiceleste e que nunca existiu na seleção Canarinho.

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Como sugerido pelo meu amigo Tiago, eis o Lugano chegando junto na canela do adversário. MITO!

Como já li em muitos lugares, a seleção uruguaia não é apenas um time de futebol. É a representação máxima de um país.

Para nós brasileiros um quarto lugar em uma Copa do Mundo é indiferente, já que nos consideramos os melhores do futebol, os “reis do esporte bretão”. Mas para os uruguaios que, no entanto, não se gabam de serem os melhores em alguma coisa, isso significa muito. O uruguaio, graças a sua seleção, voltou a sonhar, voltou a se sentir importante aos olhos do mundo. Este país comemorou, soltou fogos, celebrou, bebeu e festejou a volta do orgulho de uma nação.
                                                                                                                     
Não é a toa que os uruguaios são chamados de charrúas. Para quem não sabe, charrúas eram indígenas habitantes da região do território uruguaio, do sul do Brasil e do norte da Argentina.


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Lugano e seu olhar psicopata. A qualquer momento ele tira uma peixeira da cintura e sai matando todo mundo. MONSTRO SAGRADO DA ZAGA!


Além disso, os uruguaios ufanam-se de sua ascendência charrúa, principalmente, por causa da personalidade indomável desses índios. Tanto que desapareceram como tribo sem nunca terem sido catequizados ou “civilizados”. Com o tempo a palavra "charrúa" foi adquirindo para os uruguaios uma simbolização de valor, de força, de firmeza, de orgulho aguerrido, de vitória bélica no esporte, assim como acontece com a palavra araucano para o Chile e azteca para o México.

E essa personalidade indomável, vemos em seus jogadores e em sua pequenina população. Tanto que nos últimos anos, os uruguaios decidiram despachar do poder os tradicionais blancos e colorados e tentar uma vida mais digna com o partido Frente Amplio de Tabaré Vásquez e de José Mujica, os primeiros presidentes de esquerda da história do país.

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Óbvio que não poderia faltar o Lugano mandando um sarrafo em alguém com a camisa do Tricolor Paulista. LUGANO CHUCK NORRIS!

E assim também são os jogadores. Quem viu a Copa do Mundo e está vendo a Copa América sabe do que estou falando. Quem não vibrou com Luis Suárez quando Gyan, jogador de Gana, errou o pênalti após o próprio jogador uruguaio ter defendido com as mãos a bola que desclassificaria a Celeste? Quem não admirou a superação uruguaia no jogo contra a Argentina tendo um jogador a menos e mesmo assim jogando de igual para igual? Quem não se encanta com aqueles carrinhos sensacionais e cheios de vontade dos jogadores uruguaios?

Eles podem não ser melhores que Brasil e Argentina, que por sinal sempre tiveram um futebol mais vistoso e bonito de se ver. Mas o Uruguai tem uma coisa que está em falta tanto para brasileiros como para argentinos: a alma. A Celeste tem um time com alma de vencedor, de amor à camisa, de comprometimento e de superação. Isso foi, é e sempre será o Uruguai.

Hoje o Uruguai não precisa mais esperar que os espíritos de Manco Castro e Obdúlio Varella “baixem” em alguém. Lugano e “Ruso” Pérez são os legítimos representantes da “Garra Charrúa”.

Por fim, desde o início o Uruguai era o meu favorito para ganhar a Copa América. Fiquei um pouco desconfiada com o início, mas hoje acredito mais do que nunca no Uruguai. Sei que lutarão como leões contra os paraguaios. Por isso, neste domingo, soy Celeste.

Esta é uma canção em homenagem a Celeste, interpretada por Canário Luna. Escutem esse delicioso ritmo uruguaio, a murga.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dicionário de símbolos



Abstinência



Penitência, expiação, caminho para a interioridade.


Na tradição cristã, à ideia de purificação, através da renúncia em consumir sangue, acrescenta-se a de penitência e expiação.

O sangue, símbolo dos impulsos carnais, é considerado como a principal fonte do pecado; a expiação, portanto, consistirá em abster-se de beber dessa fonte, em renunciar ao pecado em sua própria origem.

A vida será concentrada nas fonte espirituais, nas relações com o divino, o não manifesto.

A abstinência, nesse duplo aspecto purificador e expiatório, surge como um caminho para a interioridade.

Fonte: CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 8 


terça-feira, 19 de julho de 2011

Paula no R.H.


Você foi contratado! Parabéns, mas, e agora?




Olá, queridos leitores!

Vocês já elaboraram aquele currículo sucinto e com informações importantes e claras, já passaram por Dinâmicas de Grupo, Entrevistas por Competências e com gestores, talvez foram avaliados através de algum teste e, então, recebramm aquela ligação tão esperada dizendo, “você foi aprovado no processo seletivo, traga a documentação tal dia, pois seu inicio será dia x”?

Oba!! 

Que noticia maravilhosa!

Entretanto, quando essa situação ocorre, sempre bate aquele frio na barriga, independente do candidato ter procurado uma oportunidade melhor, pois, empregado, não estava satisfeito no atual emprego ou por buscar uma recolocação, já que estava disponível no mercado.

Mas por que será que esse "medo" vem mesmo? 

Nós, seres humanos, estamos em constante evolução, mas, não somos devidamente  preparados em nenhuma das nossas etapas de vida, para o desconhecido, seja no que diz respeito à primeira vivência profissional ou à décima.

O que não é conhecido assusta e nos deixa inseguros.

Mas, se fomos aprovados, logo, gostaram do nosso perfil e acreditam que atenderemos às expectativas da empresa, certo? Mas, quais são essas expectativas? 

Em toda e qualquer empresa, existem as “competências” gerais que são esperadas e sempre bem vistas e são independentes do ramo de atuação de cada uma. 

Entre elas, estão o comprometimento, a responsabilidade, postura, pro atividade, pontualidade e  respeito ao colega e ao ambiente de trabalho.

As empresas esperam que o profissional recém contratado assuma pra si todas as atividades que lhe propuserem e com isso, o mesmo poderá mostrar responsabilidade e comprometimento.

A postura do novo colaborador inclui a vestimenta adequada para o tipo de cargo que ocupa, vocabulário e forma de comunicação apropriados para o grupo com o qual trabalhará.

O profissional será bem observado no inicio de suas atividades, pois, os gestores que o contrataram desejam ter certeza que não se enganaram.

A a postura conta muito, contra ou a favor do profissional, e, logicamente,  vai de acordo com o a função para qual foi contratado. Por exemplo, se o profissional atua com vendas, esperam que seja mais comunicativo, ou, se atua na área de telemarketing, que tenha uma boa comunicação verbal, ou, se ocupa a função de secretária, que seja simpática e organizada. Entretanto, os exageros, em todas as funções ocupadas, podem desagradar.

Pro atividade, no meu entendimento, é sinônimo de iniciativa, é o mostrar-se disponível, interessado e capaz de buscar soluções para aquilo que ainda não foi solucionado, situações estas, que as vezes nem eram de responsabilidade direta do profissional. 

É o assumir a responsabilidade frente aquilo que lhe foi apresentado no ambiente de trabalho.

Pontualidade mais uma vez! 

Ela vai estar sempre no meio corporativo. O profissional deve ser pontual, pois, isso demonstra, mais uma vez, a maneira com a qual o mesmo encara a empresa, bem como, transmite aspectos como responsabilidade e comprometimento.

Respeito no ambiente de trabalho também é imprescindível!

Cá entre nós, respeito é algo que deve fazer parte de nossa vida em todas as nossas relações, sendo corporativas ou não.

Respeito, a meu ver, é uma das bases para o sucesso, pois, “respeito é bom, e eu gosto”.

Na verdade, todos gostam e esperam ser respeitados e isso só irá mostrar a maturidade do profissional, bem como o fato de saber trabalhar em equipe e saber ouvir e discutir ideias, pois, quando se respeita a opinião dos demais profissionais, a troca de informações, experiências e ideias fluem de maneira natural.

Foram algumas dicas para aqueles que estão iniciando e para aqueles que estão participando de processos e, logo, passaram por essa situação.

Um forte abraço!






Paula Veber é psicóloga e Consultora em Recursos Humanos.

Tem dúvidas sobre algum assunto relacionado a R.H.?  

Escreva para ela: psicoisinhas@gmail.com




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Amanda comenta

Adios Muchachos!


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Pois é, não será desta vez que a minha querida Albiceleste sairá da fila de títulos.

Neste sábado, jogando em casa, a Argentina foi eliminada pela seleção uruguaia, nos pênaltis, pelas quartas-de-final da Copa América.

Para mim, uma GRANDE tristeza, pois queria que este jogo tivesse sido a final, porém com a vitória da Argentina, é claro.

Achei um jogaço no que diz respeito à emoção e a dramaticidade. Quase enfartei de nervoso na hora dos pênaltis.

A partida teve todo um clima de decisão. Afinal de contas, Uruguai e Argentina fazem o maior clássico sul-americano de seleções e talvez do mundo.

Com o resultado final, a sensação de todos que torcem pela Argentina, assim como eu, é de frustração.

A seleção argentina fez uma péssima Copa América. Fez jogos medíocres com Bolívia e Colômbia, e mostrou alguns bons momentos na vitória contra a seleção da Costa Rica. Porém é necessário lembrar que a seleção costa-riquenha era praticamente todo o seu time sub-23.

É difícil ter que admitir isso, mas desde que me tornei torcedora da Argentina, essa geração é a mais horrorosa que eu já vi jogar. Sem padrão de jogo, do meio pra trás é um desastre, não tem zaga, não tem laterais e o goleiro, por mais que não tenha comprometido, é mediano. O ataque, que é o ponto mais forte da equipe, também teve alguns jogadores que decepcionaram. Sem contar Sergio Batista que é um técnico ridículo, muito ruim.

A única exceção foi Lionel Messi, que começou um pouco apático, mas que fez excelentes partidas contra Costa Rica e Uruguai. Aliás, mesmo quando não brilha, ele é sempre o melhor jogador da seleção.

Ver e escutar pessoas falando mal do Messi, dizendo que “ele só sabe jogar no Barcelona”, que “não jogou nada pela seleção”, que “não é argentino” e um monte de baboseira, pra mim é um absurdo sem tamanho. Tenho vontade de mandar todos para a guilhotina.

Na Copa do Mundo ele foi o melhor jogador da Argentina, quase todas as jogadas de gol eram dele, mas como não fez gols e a seleção argentina foi eliminada de maneira humilhante pela Alemanha, muita gente acha que ele não jogou nada. E olha que ele ficou entre os dez melhores. Aliás, se a Argentina chegasse entre as quatro melhores seleções, tenho quase certeza que Messi teria grandes chances de ser escolhido o melhor jogador do mundial tranquilamente.

Mas como isso não aconteceu, infelizmente, é fogo ter que escutar comentários toscos de pessoas que nem prestam atenção no que estão assistindo. Comentam essas coisas simplesmente pelo prazer de falar mal.

É óbvio que o Messi e qualquer outro jogador sempre jogarão melhor pelo clube. Os clubes são melhores que as seleções, sem contar o entrosamento. Mas é injusto dizer que ele não joga bem, pelo contrário, já vi ótimas atuações de Messi pela Argentina.

Além disso, ele não tem culpa da incompetência alheia. Nesta Copa América mesmo, deixou Agüero, Di María, Tevez, Lavezzi e Higuain 500 vezes na cara do gol, com jogadas e passes estupendos.

E outra coisa, também encheu o saco esse papo de “Tevez, o jogador do povo”. Gosto muito do Carlitos, mas seu rendimento nesta Copa América foi pífio. Nem de longe lembrava o raçudo e valente Carlitos Tevez.  Quero deixar claro que não estou criticando o fato de ele ter perdido o pênalti, até porque qualquer um poderia ter perdido, tanto do lado argentino como do lado uruguaio. A questão é que enquanto muitos massacraram Lionel Messi dizendo que ele é “mais espanhol do que argentino” (se isso fosse verdade, ele teria escolhido jogar pela Espanha e não pela Argentina), Tevez, o “queridinho do povo”, foi muito mal na competição.

A Argentina teve 90 minutos mais a prorrogação para vencer o Uruguai. Sem contar que durante 48 minutos jogou com um jogador a mais. Sua atuação no segundo tempo foi patética, enquanto que a seleção uruguaia mostrou superação e garra o tempo todo, criando algumas boas oportunidades de gol.

O fato é que pela “bolinha” apresentada na Copa América, a seleção argentina mais cedo ou mais tarde cairia. Era a “crônica de uma morte anunciada.

É duro ver a decadência do futebol argentino que não é nem sombra do que já foi. Saudades do jogo bonito, com troca de passes envolventes, da raça e da catimba argentina que irritava os seus adversários. Saudades da VELHA ARGENTINA com grandes goleiros, zagueiros ótimos e sanguinários, como nos anos 70 e 80, e de um time inteligente tanto tática como tecnicamente. Que falta fazem os cabeludos bons de bola e malandros!

Infelizmente, o que vejo hoje é uma equipe sem alma.

Com a eliminação da Argentina, só me resta torcer pela Celeste Olímpica de Lugano e Forlán. Mas confesso que, para mim, a Copa América morreu.



“Adios Muchachos”, música de 1928. Carlos Gardel, “El Rey del Tango”.


“La Cumparsita” é o mais famoso tango do mundo e uma das canções mais executadas mundialmente. Foi escrita pelo uruguaio Gerardo Matos Rodriguez no ano de 1917, em Montevideo, Uruguai. Em 1998 foi declarado hino cultural e popular do Uruguai. Esta é uma versão da orquestra do músico argentino Alfredo de Ángelis.