sábado, 27 de agosto de 2011

Dia do Psicólogo
















Nem sei se somos profundos conhecedores de alguma coisa neste mundo... nem de nós mesmos... 


Só sei que quando aquela porta se fecha, eu visto a persona do saber, entendimento, análise, teoria e prática psicológica... e não raramente... sou tão abençoada quanto abençoo meu paciente! 



Ser psicólogo é tudo de bom! 


Parabéns a todos aqueles que encaram a profissão com amor profundo e dedicação verdadeira. 











sexta-feira, 26 de agosto de 2011

97 anos do Palestra!

97 anos do Palestra!



REPRODUÇÃO
Por Amanda Borba

Hoje é o dia da Sociedade Esportiva Palmeiras! Obviamente este dia não poderia passar em branco aqui no blog Psicoisinhas.

E eu estava, cá com os meus botões, pensando, e percebi que esta é a primeira vez que falo do Verdão aqui no blog. Bom, antes tarde do que nunca, não é, leitor palmeirense?!

Apesar de ser são-paulina doente, sempre tive uma grande admiração pela história do Palmeiras. Uma história rica, emocionante, de alegrias e choros, um verdadeiro filme italiano. Digo mais, se não existisse o meu amado Tricolor Paulista, eu seria palestrina!


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Time do Palestra Itália em 1914.



A história do alviverde imponente começa no dia 26 de agosto de 1914 quando um grupo de imigrantes italianos, trabalhadores das Indústrias Matarazzo, fundou na cidade de São Paulo o clube Società Sportiva Palestra Italia. O nome mudou para Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, quando o Brasil, governado então pelo presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e apoiou os países “Aliados” (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França e outros).


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A partir daí, o Palmeiras consolidou-se como um dos maiores e mais importantes clubes da história do futebol brasileiro conquistando uma coleção de título regionais, nacionais e internacionais.



A “Academia de Futebol”, treinada pelo argentino Filpo Nuñez e como ficou conhecido o clube nos anos 60, devido o toque de bola elegante e a grande técnica de seus jogadores, foi o único time que fez páreo a hegemonia do Santos de Pelé no futebol brasileiro.

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A Eterna Academia


 
Nas décadas seguintes, o torcedor palmeirense cantou, vibrou, chorou e amargou decepções com o Verdão: 16 anos de jejum; as glórias da parceria Parmalat, como o topo da América em 1999; a tristeza do rebaixamento no campeonato brasileiro e as desilusões recentes.

Ah! e as famosas “crises”! Sempre digo que as crises no Palestra Itália são mais emocionantes que a novela das 9.

"O Amor é Verde" é uma música composta por Moacyr Franco em homenagem ao seu time de coração.


Como todo mundo sabe o Palmeiras sempre teve a sua imagem vinculada a gigantesca colônia italiana de São Paulo. No início, seus torcedores eram compostos por “italianinhos”, como muita gente dizia antigamente e de maneira pejorativa, mas com o passar das décadas o clube passou pelo mesmo processo de “democratização” de todos os times, tendo torcedores em todas as classes sociais e de todas as origens, tornando-se um dos clubes mais populares do Brasil.

Todo mundo também sabe que o maior rival histórico do Verdão é o Corinthians. É a rivalidade mais antiga da cidade de São Paulo. O Derby Paulista, como é conhecido, é ao lado do “Fla-Flu”, um dos maiores clássicos nacionais. Até porque nenhum outro clássico nacional decidiu tantas competições importantes como, por exemplo, final de Campeonato Brasileiro e uma vaga para a final da Libertadores da América.

O que pouca gente hoje em dia deve saber é que o Palestra é o maior rival histórico do São Paulo Futebol Clube e não o Corinthians Paulista. Hoje até acho que o clássico entre o Tricolor e o Timão é o de maior rivalidade e o de maior importância, até mesmo pelos inúmeros encontros em decisões de campeonatos. Além do mais, basta ver o amor reprimido do Andrés Sanchez e de alguns jogadores corintianos pelos são-paulinos. Ah! E a recíproca é verdadeira por parte da diretoria tricolor.

Mas voltando ao assunto, o fato é que muitos dizem que São Paulo e Palmeiras são mais “inimigos” do que simplesmente “rivais”. As origens históricas desta “inimizade” no “Choque-Rei” (nome do clássico) estão no conflito social entre os imigrantes italianos, fundadores do Palmeiras, e a elite paulistana que fundou o Club Athlético Paulistano e a Associação Atlética das Palmeiras, que unidos constituiriam o Tricolor Paulista em 1930. A rivalidade aumentou cada vez mais graças a outros acontecimentos e as diversas decisões entre as duas equipes, incluindo um título de campeonato brasileiro e alguns encontros em fases eliminatórias da Libertadores da América.



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Palmeiras campeão brasileiro de 1994. Era Parmalat.

Falando um pouquinho da minha experiência pessoal com o Palmeiras, uma parte da família do meu pai é composta por palmeirenses, incluindo a minha irmã. Mas ela é diferente de mim. Não curte muito futebol e nem é fanática pelo Palmeiras.

Lembro que lá pelos meus nove anos de idade cheguei a ser palmeirense por alguns meses. Culpa daquele timaço da Parmalat. O fato é que meu tio, palmeirense roxo, até me deu uma camisa do Verdão quando soube que eu era palmeirense. Entretanto, a camisa ficou com a minha irmã, já que o meu coração tricolor falou mais alto.

Durante a minha infância e adolescência, o meu Tricolor amargou alguns anos de jejum - pouquíssimos anos, diga-se de passagem – e só ganhava campeonato paulista. Não disputou nenhuma final de campeonato brasileiro e ficou dez anos sem participar de uma Copa Libertadores. Essa fase foi difícil. Chorei muito vendo o Tricolor perder.

Contudo, graças a Parmalat, o Alviverde, nesta época, sempre estava nas “paradas de sucesso”. Sendo campeão ou vice, o Verdão estava lá entre os melhores das competições.

E por causa dos timaços deste período, o Palmeiras foi o time que mais me fazia assistir uma partida de futebol com satisfação. Assistir o Palmeiras era emoção na certa. Lembro-me de grandes jogos como contra o Corinthians nas Libertadores de 1999 e 2000, eliminando os alvinegros nos pênaltis; dos jogos equilibradíssimos contra o meu querido Boca Juniors; e a fatídica final no Palestra  Itália contra o Vasco da Gama pela Mercosul (aliás, não sei o que foi pior neste dia, perder o título em casa, levar uma virada no placar ou tomar três gols do mala do Romário, aff).



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Palmeiras campeão da Libertadores de 1999.



Devo confessar que sempre considerei o Verdão o time paulista mais “raçudo”. Sei que muita gente acha o Corinthians, mas a minha impressão é diferente. Pra mim, o Palmeiras, mesmo em momentos ruins, sempre foi um time “encardido”, brigador e muito competitivo. Mas, como eu disse, isso é uma impressão pessoal.

Pra finalizar este post torcedor palestrino, aqui reitero a minha admiração pelo Palmeiras, por sua história, por suas conquistas e pelos grandes jogadores que eu vi jogar neste clube, como Djalminha, Rivaldo, Alex, Arce, Cafú, Roberto Carlos, Junior, Edmundo, Evair, Edilson, e outros nomes do passado como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho Botelho, Leivinha, Mazzola, Jorge Mendonça, Luís Pereira (quem não se lembra do episódio em que o Kiko grita que quer ser o LUÍS PEREIRAAAAAAAAA!) e tantos outros.

Enfim, torço para que o Palmeiras saia dessa maré de azar e que o clube tenha uma diretoria digna e competente para voltar a ser aquilo que sempre foi, isto é, um time vencedor e competitivo. Espero que futuramente o Verdão encontre o meu Tricolor Paulista em muuuuuuuuuuitas decisões e que façam jogos memoráveis!

Parabéns Palmeiras!





O hino do Palmeiras foi composto em 1949. Gosto muito deste hino, acho vibrante. A letra descreve impecavelmente o que é o Palmeiras.
 
Hino do Palmeiras
Composição: Gennaro Rodrigues (pseudônimo de Antonio Sergi, italiano, nacionalizado brasileiro, músico e médico).


Quando surge o alviverde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda
E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que de fato é campeão
Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
Por nosso alviverde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dicionário de símbolos

Acrobata


O acrobata, o saltimbanco, o palhaço e o malabarista possuem simbologia semelhante: inversão da ordem estabelecida, revelação de situações críticas e solução dos problemas através do movimento, equilíbrio crítico, entrega a Deus através do movimento, experiência transcedental, condição sobre-humana, êxtase do corpo, reversão da situação.


Em todas as civilizações, o acrobata, o saltimbanco, o palhaço e o malabarista tiveram lugar muito importante.

Do italiano, saltimbanco, artista de circo, acrobata, palhaço, truão (bufão).
Os acrobatas, frequentemente evocados na literatura e nas artes plásticas, não pertencem a uma simbólica muito definida: no entanto, pode-se observar que correspondem a um dos temas mais constantes da imagística e dos sonhos humanos. É possível que seu significado seja o da alegre liberdade daqueles que se libertaram das condições comuns.



 

Quem não se lembra dele?
Essa inversão da ordem estabelecida, das posições habituais e das convenções sociais - das quais as façanhas acrobáticas dão múltiplos exemplos - não corresponde a uma fase regressiva de evolução individual ou coletiva. Se é verdade que elas revelam uma situação crítica, é para indicar a solução do problema, que só pode encontrar através do movimento.

O acrobata surge como o símbolo do equilíbrio crítico, fundado no não conformismo e no movimento. Nesse sentido é fator de progresso.



Malabarista
Pode-se estabelecer uma aproximação entre certos exercícios acrobáticos, gestos rituais e figuras orquésticas (arte dos movimentos rítmicos do corpo, arte da dança) que, pelo desafio que opõem às leis da natureza, remetem o sujeito às mãos do próprio Deus, ou lhe supõem um virtuosismo sobre humano.

Acrobatas ou dançarinos desejam, através dessa libertação da ação da gravidade, elevada ao extremo das possibilidades humanas, ser entregues a uma única força: a de Deus.

E é como se essa força atuasse neles, por eles, para eles, a fim de que seus gestos se identificassem aos da divindade criadora e testemunhassem sua presença.

A propósito das danças sagradas do Egito antigo, os saltos repetidos deviam ir-se acentuando e acelerando, como no Zikr moderno.

Zikr
O Zikr é uma técnica sufi que conduz o praticante a uma experiência de superação de si mesmo e de contato com o transcendente. Ele está fundamentado na repetição de algumas orações e de Atributos. A repetição de fórmulas específicas é uma técnica presente em várias tradições diferentes. Basicamente, todas elas apresentam os mesmos objetivos que são aquietar a mente e abrir as portas para uma nova dimensão de experiências.

A palavra Zikr significa Recordação.

No momento da prática, o indivíduo é convidado a recordar-se de alguns aspectos que permeiam toda a criação e que conferem uma razão de ser à própria realidade. Essas qualidades estão por trás da manifestação de cada uma das formas que existem. São elas que conferem a cada forma o seu propósito último e que justificam sua existência.

Esse exercício tem como finalidade destruir momentaneamente a individualidade naquele que a ele se entrega e produzir-lhe um estado de exaltação extática que permite à divindade entrar em seu corpo.

O acrobata simboliza o alçar vôo para uma condição sobre humana; é o êxtase do corpo.

Andando sobre as mãos, com a cabeça para baixo e os pés para cima, o acrobata evoca a figura do Enforcado ( também conhecido como O Dependurado em baralhos mais modernos, é o décimo segundo Arcano Maior do tarot de Marselha). Sua simbologia está relacionada ao sacrifício, reverter a situação e perspectiva diversa.

Nesse caso, torna-se o símbolo, altamente iniciático e complexo, da inversão de valores.

Fontes:
CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009. p. 10-11.
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Enforcado_%28tar%C3%B4%29
http://www.imagomundi.com.br/espiritualidade/zikr.pdf