sexta-feira, 26 de agosto de 2011

97 anos do Palestra!

97 anos do Palestra!



REPRODUÇÃO
Por Amanda Borba

Hoje é o dia da Sociedade Esportiva Palmeiras! Obviamente este dia não poderia passar em branco aqui no blog Psicoisinhas.

E eu estava, cá com os meus botões, pensando, e percebi que esta é a primeira vez que falo do Verdão aqui no blog. Bom, antes tarde do que nunca, não é, leitor palmeirense?!

Apesar de ser são-paulina doente, sempre tive uma grande admiração pela história do Palmeiras. Uma história rica, emocionante, de alegrias e choros, um verdadeiro filme italiano. Digo mais, se não existisse o meu amado Tricolor Paulista, eu seria palestrina!


REPRODUÇÃO
Time do Palestra Itália em 1914.



A história do alviverde imponente começa no dia 26 de agosto de 1914 quando um grupo de imigrantes italianos, trabalhadores das Indústrias Matarazzo, fundou na cidade de São Paulo o clube Società Sportiva Palestra Italia. O nome mudou para Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, quando o Brasil, governado então pelo presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e apoiou os países “Aliados” (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França e outros).


REPRODUÇÃO


A partir daí, o Palmeiras consolidou-se como um dos maiores e mais importantes clubes da história do futebol brasileiro conquistando uma coleção de título regionais, nacionais e internacionais.



A “Academia de Futebol”, treinada pelo argentino Filpo Nuñez e como ficou conhecido o clube nos anos 60, devido o toque de bola elegante e a grande técnica de seus jogadores, foi o único time que fez páreo a hegemonia do Santos de Pelé no futebol brasileiro.

REPRODUÇÃO
A Eterna Academia


 
Nas décadas seguintes, o torcedor palmeirense cantou, vibrou, chorou e amargou decepções com o Verdão: 16 anos de jejum; as glórias da parceria Parmalat, como o topo da América em 1999; a tristeza do rebaixamento no campeonato brasileiro e as desilusões recentes.

Ah! e as famosas “crises”! Sempre digo que as crises no Palestra Itália são mais emocionantes que a novela das 9.

"O Amor é Verde" é uma música composta por Moacyr Franco em homenagem ao seu time de coração.


Como todo mundo sabe o Palmeiras sempre teve a sua imagem vinculada a gigantesca colônia italiana de São Paulo. No início, seus torcedores eram compostos por “italianinhos”, como muita gente dizia antigamente e de maneira pejorativa, mas com o passar das décadas o clube passou pelo mesmo processo de “democratização” de todos os times, tendo torcedores em todas as classes sociais e de todas as origens, tornando-se um dos clubes mais populares do Brasil.

Todo mundo também sabe que o maior rival histórico do Verdão é o Corinthians. É a rivalidade mais antiga da cidade de São Paulo. O Derby Paulista, como é conhecido, é ao lado do “Fla-Flu”, um dos maiores clássicos nacionais. Até porque nenhum outro clássico nacional decidiu tantas competições importantes como, por exemplo, final de Campeonato Brasileiro e uma vaga para a final da Libertadores da América.

O que pouca gente hoje em dia deve saber é que o Palestra é o maior rival histórico do São Paulo Futebol Clube e não o Corinthians Paulista. Hoje até acho que o clássico entre o Tricolor e o Timão é o de maior rivalidade e o de maior importância, até mesmo pelos inúmeros encontros em decisões de campeonatos. Além do mais, basta ver o amor reprimido do Andrés Sanchez e de alguns jogadores corintianos pelos são-paulinos. Ah! E a recíproca é verdadeira por parte da diretoria tricolor.

Mas voltando ao assunto, o fato é que muitos dizem que São Paulo e Palmeiras são mais “inimigos” do que simplesmente “rivais”. As origens históricas desta “inimizade” no “Choque-Rei” (nome do clássico) estão no conflito social entre os imigrantes italianos, fundadores do Palmeiras, e a elite paulistana que fundou o Club Athlético Paulistano e a Associação Atlética das Palmeiras, que unidos constituiriam o Tricolor Paulista em 1930. A rivalidade aumentou cada vez mais graças a outros acontecimentos e as diversas decisões entre as duas equipes, incluindo um título de campeonato brasileiro e alguns encontros em fases eliminatórias da Libertadores da América.



REPRODUÇÃO
Palmeiras campeão brasileiro de 1994. Era Parmalat.

Falando um pouquinho da minha experiência pessoal com o Palmeiras, uma parte da família do meu pai é composta por palmeirenses, incluindo a minha irmã. Mas ela é diferente de mim. Não curte muito futebol e nem é fanática pelo Palmeiras.

Lembro que lá pelos meus nove anos de idade cheguei a ser palmeirense por alguns meses. Culpa daquele timaço da Parmalat. O fato é que meu tio, palmeirense roxo, até me deu uma camisa do Verdão quando soube que eu era palmeirense. Entretanto, a camisa ficou com a minha irmã, já que o meu coração tricolor falou mais alto.

Durante a minha infância e adolescência, o meu Tricolor amargou alguns anos de jejum - pouquíssimos anos, diga-se de passagem – e só ganhava campeonato paulista. Não disputou nenhuma final de campeonato brasileiro e ficou dez anos sem participar de uma Copa Libertadores. Essa fase foi difícil. Chorei muito vendo o Tricolor perder.

Contudo, graças a Parmalat, o Alviverde, nesta época, sempre estava nas “paradas de sucesso”. Sendo campeão ou vice, o Verdão estava lá entre os melhores das competições.

E por causa dos timaços deste período, o Palmeiras foi o time que mais me fazia assistir uma partida de futebol com satisfação. Assistir o Palmeiras era emoção na certa. Lembro-me de grandes jogos como contra o Corinthians nas Libertadores de 1999 e 2000, eliminando os alvinegros nos pênaltis; dos jogos equilibradíssimos contra o meu querido Boca Juniors; e a fatídica final no Palestra  Itália contra o Vasco da Gama pela Mercosul (aliás, não sei o que foi pior neste dia, perder o título em casa, levar uma virada no placar ou tomar três gols do mala do Romário, aff).



REPRODUÇÃO
Palmeiras campeão da Libertadores de 1999.



Devo confessar que sempre considerei o Verdão o time paulista mais “raçudo”. Sei que muita gente acha o Corinthians, mas a minha impressão é diferente. Pra mim, o Palmeiras, mesmo em momentos ruins, sempre foi um time “encardido”, brigador e muito competitivo. Mas, como eu disse, isso é uma impressão pessoal.

Pra finalizar este post torcedor palestrino, aqui reitero a minha admiração pelo Palmeiras, por sua história, por suas conquistas e pelos grandes jogadores que eu vi jogar neste clube, como Djalminha, Rivaldo, Alex, Arce, Cafú, Roberto Carlos, Junior, Edmundo, Evair, Edilson, e outros nomes do passado como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho Botelho, Leivinha, Mazzola, Jorge Mendonça, Luís Pereira (quem não se lembra do episódio em que o Kiko grita que quer ser o LUÍS PEREIRAAAAAAAAA!) e tantos outros.

Enfim, torço para que o Palmeiras saia dessa maré de azar e que o clube tenha uma diretoria digna e competente para voltar a ser aquilo que sempre foi, isto é, um time vencedor e competitivo. Espero que futuramente o Verdão encontre o meu Tricolor Paulista em muuuuuuuuuuitas decisões e que façam jogos memoráveis!

Parabéns Palmeiras!





O hino do Palmeiras foi composto em 1949. Gosto muito deste hino, acho vibrante. A letra descreve impecavelmente o que é o Palmeiras.
 
Hino do Palmeiras
Composição: Gennaro Rodrigues (pseudônimo de Antonio Sergi, italiano, nacionalizado brasileiro, músico e médico).


Quando surge o alviverde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda
E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que de fato é campeão
Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
Por nosso alviverde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra


Nenhum comentário:

Postar um comentário