REPRODUÇÃO
Existem músicas que chegam ao lugar mais profundo da alma humana; um lugar tão escondido (ou quase perdido), que somente poucas coisas nesta vida são capazes de atingir.
Acredito que todos conheçam "Chão de Giz", de Zé Ramalho.
É o tipo de música popular que deve ser catalogada como obra de arte.
Algo tão sutil e que, ao mesmo tempo, tem a profundidade de um abismo!
Algo tão sutil e que, ao mesmo tempo, tem a profundidade de um abismo!
E quem, entre nós, conseguirá explicar claramente todas as estrofes?
Mas, nossa, que loucurinha boa!
Às vezes, ao ouví-la, parece que estamos em um emaranhado de palavras desconexas que formam frases insanas, uma coisa quase sem pé nem cabeça e, por isso, ficamos com a sensação de escutarmos o resultado criativo de um processo psicótico.
Mas, nossa, que loucurinha boa!
Por mais que eu tente compreender toda a letra, percebo, cada vez mais, que fragmentos dela não foram escritos para serem apreendidos como uma obra literária concreta, mas, devem ser decifradas por aquele lugar secreto de nossas almas.
E, isso nos trará as respostas que não compreenderíamos nem se algum especialista linguístico tentasse nos explicar, exaustivamente, todos os seus significados.
Mas, ao sentirmos a composição maluca do Zé, em nossas almas, compreendemos.
E, isso nos trará as respostas que não compreenderíamos nem se algum especialista linguístico tentasse nos explicar, exaustivamente, todos os seus significados.
Mas, ao sentirmos a composição maluca do Zé, em nossas almas, compreendemos.
Pois, é, gente: "Meus vinte anos de boy, that's over, baby! Freud explica"?
Pelo que sei, com raríssimas exceções, todos adoram essa música!
Mesmo sem entender muito bem do que ela trata.
Eu, pelo menos, não entendo muito, mas, adoro!
Aproveite!
Via Letras Terra
Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...
Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...
Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...
Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...