quinta-feira, 26 de maio de 2011

PSICOmusiconas: as canções mais "Freud explica" do mundo!

Por Andréa Araújo


REPRODUÇÃO
Existem músicas que chegam ao lugar mais profundo da alma humana; um lugar tão escondido (ou quase perdido), que somente poucas coisas nesta vida são capazes de atingir.

Acredito que todos conheçam "Chão de Giz", de Zé Ramalho.

É o tipo de música popular que deve ser catalogada como obra de arte. 

Algo tão sutil e que, ao mesmo tempo, tem a profundidade de um abismo!

E quem, entre nós, conseguirá explicar claramente todas as estrofes? 

Às vezes, ao ouví-la, parece que estamos em um emaranhado de palavras desconexas que formam frases insanas, uma coisa quase sem pé nem cabeça e, por isso, ficamos com a sensação de  escutarmos o resultado criativo de um processo psicótico.


Mas, nossa, que loucurinha boa!

Por mais que eu tente compreender toda a letra, percebo, cada vez mais, que fragmentos dela não foram escritos para serem apreendidos como uma obra literária concreta, mas, devem ser decifradas por aquele lugar secreto de nossas almas. 

E, isso nos trará as respostas que não compreenderíamos nem se algum  especialista linguístico  tentasse nos explicar, exaustivamente, todos os seus significados. 

Mas, ao sentirmos a composição maluca do Zé, em nossas almas, compreendemos.


Pois, é, gente: "Meus vinte anos de boy, that's over, baby! Freud explica"? 

Pelo que sei, com raríssimas exceções, todos adoram essa música!

Mesmo sem entender muito bem do que ela trata. 

Eu, pelo menos, não entendo muito, mas, adoro!

Aproveite!


Via Letras Terra

Chão de Giz

Composição : Zé Ramalho
 
Eu desço dessa solidão
Espalho coisas sobre
Um Chão de Giz
Há meros devaneios tolos
A me torturar
Fotografias recortadas
Em jornais de folhas
Amiúde!
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes
Eu vou te jogar
Num pano de guardar confetes...

Disparo balas de canhão
É inútil, pois existe
Um grão-vizir
Há tantas violetas velhas
Sem um colibri
Queria usar quem sabe
Uma camisa de força
Ou de vênus
Mas não vou gozar de nós
Apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom...

Agora pego
Um caminhão na lona
Vou a nocaute outra vez
Prá sempre fui acorrentado
No seu calcanhar
Meus vinte anos de "boy"
That's over, baby!
Freud explica...

Não vou me sujar
Fumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar
Gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo
É assunto popular...

No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais estou indo embora!
No mais!...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Biju, a Diva!



Após ser mencionado no último post polêmico de nossa Diva, Nino, exigiu, na justiça, direito de resposta


Por Nino


Nino, é namorado(?) de Biju.

Prezados leitores,

Não sou descendente de Leonel Brizola, mas, após ver meu nome achincalhado por Biju Veber Castro na última semana, senti-me no direito de recorrer aos meios legais para, enfim, pronunciar-me.

Começo miando, ou melhor, dizendo que não sou um super herói, um semi-deus ou um anjo. Sou apenas um gato comum.

E, como gato, confesso que fico extremamente incomodado quando ouço a maioria das gatinhas miarem que, nós, gatos do sexo masculino, somos todos cafajestes.

Gostaria que vocês, queridas felinas, duvidassem do mito de que, todos os gatinhos, fazem parte  dessa cafajestada.

Sabem o que percebo?

Que vocês, gatinhas, desde o nascimento, já são empurradas para o abismo de ideais românticos (e equivocados) de que o amor pra ser bom, bonito, real ou verdadeiro, tem que ser sofrido! 


E que, as meigas garotinhas, sempre serão vítimas, não apenas desse sofrimento, mas, do masculino que trai, mente, engana, ignora, não liga no dia seguinte e não ama. 


Mas, o  amor não precisa ser assim, não!

Vocês, gatas, são treinadas para se comportarem como vítimas do amor e os gatinhos  para acreditarem que sempre serão os donos da situação.

Gatinhas, gatinhas... 


Já passou a hora desse mito soar como ultrapassado. 


Pois, mais terrível que ser vítima desse masculino estereotipado, é ser vítima do modelo de feminino que, talvez vocês não possuam muita consciência a respeito ou nem tenham ajudado a construir, mas, fazem questão de sustentar! 

Não digo isso para que vocês deixem de ser as "donzelas em perigo" (pois nós, gatinhos, ainda amamos salvá-las e protegê-las), mas, para que não mais permitam que o modelo de feminino construído historicamente determine a verdade absoluta sobre quem os machos são, ou pior, sobre o papel que as próprias fêmeas devem  desempenhar em um relacionamento.

Porque se vocês foram treinadas para esperar sempre o pior do masculino, será sempre esse tipo de masculino (maldito) que as atrairá. 

Mesmo que apareça um gatão decente, lindo e cheio das boas intenções, vocês sempre acreditarão que gato que é gato, de verdade, tem que ser, em essência, um grande cachorro.

Pensem um pouco sobre isso antes de afirmarem, por exemplo, que nós, gatinhos, somos todos cafajestes!

Não, não estou dizendo que a culpa pelos insucesso dos relacionamentos seja das gatinhas. Não é isso.

Quero dizer que, se vocês, meninas, passarem a conhecer melhor a si mesmas e compreenderem que as dinâmicas românticas se dão a partir de comportamentos contruídos e aprendidos,  perceberão o que, de verdade, esperam de um macho, encontrarão melhores oportunidades amoroso-felinas e poderão diferenciar entre uma bela romã iraniana e uma laranja podre da feira da esquina.

E, nós, gatões detentores do modelo masculino saudável (sim, nós existimos) seremos detectados com maior facilidade por vocês.

Palavras do gato!


Biju é toda emoção!



Hey, Biju, passo mais tarde para pegar você, ok? 
Você estava linda ontem, com aquela tonalidade  acinzentada da lua sobre os seus pelos...

Nino.



Dicionário de símbolos

Abetarda



Símbolo africano para a família poligâmica, união das almas, fecundidade, descida das almas à matéria, aventura da alma humana.


Grande ave pernalta que se encontra acompanhada de duas ou três fêmeas.
Simboliza, na África, a família poligâmica.
Nunca afastada da terra, não se elevando nos ares, ela significa a criança que não sai do colo da mãe e a pessoa que não se torna adulta.
Ave que escapa e zomba do caçador.
Noturnamente, simboliza, o mundo temporal (as cristas de plumas finas do macho são enfeites efêmeros).
Diurnamente, evoca a captura do impossível, pela qual os homens brigam entre si, ferindo-se e acabando por matar uns aos outros.
É representada na África, pela impressão de uma pata de pássaro simples (figura 1) ou dupla (figura 2).

Figura 1
Figura 2

No casamento, é o símbolo da união das almas e da fecundidade, da descida das almas à matéria.
Sua marca espalhada ao redor do leito de um defunto simboliza a alma que, enfim liberada, levantou seu vôo.
As duas patas unidas sublinham seu papel de intermediário entre a terra e o céu. Representam também, a árvore desabrochada, no mundo de cima, através das folhas, e no mundo de baixo, através das raízes.
Simboliza a aventura da alma humana.


Referência: Dicionário de símbolos. CHEVALIER, Jean & GHEERBRANT, Alain. Rio de Janeiro:  José Oympio, 2009. p. 4-5.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Galúcio, o filósofo!





Vive aquele que sabe que um dia vai morrer; morre aquele que não sabe como viver.
José Galúcio Camelo Madeira

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amanda comenta

Os Beatles, os Reds e o Futebol


Por Amanda Borba


Olá queridos leitores!

Como Paul McCartney está no Rio de Janeiro fazendo shows, resolvi falar um pouco sobre a maior banda de rock de todos os tempos e sobre o maior clube inglês de todos os tempos: The Beatles e Liverpool FC!

No final do século XIX, em 15 de março de 1892, nasceu o Liverpool Football Club. A fundação do clube aconteceu após uma discussão entre John Houlding (antigo dono do Anfield Road, estádio do Liverpool) e o Everton FC, que decidiu se mudar para o estádio Goodison Park e não jogar mais no campo do Anfield Road. Com isso, Houlding resolveu criar seu próprio clube para disputar as partidas em seu estádio. O nome original do time seria Everton, o mesmo do rival, mas a Football Association recusou-se a aceitar, pois não poderiam existir dois clubes com o mesmo nome. Diante disso, o nome escolhido foi o da cidade.

Bom, o Liverpool faz com o Everton o clássico denominado “Merseyside Derby”. O nome do clássico provém do fato da cidade de Liverpool ser banhada pelo rio Mersey, e o condado de Merseyside (onde se localiza a cidade) é a região em torno deste rio. Geralmente, a imagem do Everton é vinculada aos protestantes e o Liverpool aos católicos. Porém não existe um sectarismo religioso entre os torcedores destes clubes.

“All You Need Is Love" é o nome de uma das canções mais famosas da banda e da história da música. Foi lançada em 1967. Uma obra-prima!

Primeiramente, quero deixar claro que não morro de amores pelo futebol da “Terra da Rainha”, mas o Liverpool é o clube inglês que eu mais me simpatizo. Por causa da minha idade, digo que minha admiração por este clube começou a bem pouco tempo, mais precisamente no dia da final da Champions League contra o Milan da Itália, em 2005. Essa partida histórica está completando seis anos nesta semana.

A decisão, em jogo único, aconteceu no dia 25 de maio de 2005, em Istambul, na Turquia, e foi um jogo sensacional. Com um gol de Maldini e dois de Crespo, o Milan abriu 3 a 0 no primeiro tempo. Tudo indicava mais um título para a equipe italiana. Mas, aí, aconteceu o inesperado. Os “Reds”, nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, empataram a partida com gols de Gerrard, Smicer e Xabi Alonso. O jogo passou pela prorrogação e nos pênaltis o time da cidade dos Beatles venceu o seu quinto título da maior competição europeia, sendo o maior vencedor entre os ingleses.


O escudo do Liverpool é cercado de simbologia: o mítico pássaro Liver, símbolo da cidade de Liverpool; as duas chamas gêmeas representando o “Desastre de Hillsborough”; e o dizer “You’ll Never Walk Alone”, que também está escrito na entrada de seu estádio. Este é o nome da canção adotada por seus torcedores.


Mas nem sempre a história do Liverpool foi um “mar de rosas”. Infelizmente, a tragédia também faz parte da história deste grande clube. Em 29 de maio de 1985, em Bruxelas, na Bélgica, aconteceu a final entre Liverpool e Juventus da Itália pela Copa dos Campeões da Europa. No entanto, sucedeu uma das maiores tragédias do futebol europeu: 39 pessoas (a maioria italiana) foram mortas devido a acidentes causados por hooligans ingleses no estádio de Heysel. Tal fato ficou conhecido como a “Tragédia de Heysel”. Por causa disso, os times ingleses ficaram cinco anos sem participar de competições europeias.

Quase quatro anos depois, em 15 de abril de 1989, no estádio Hillsborough, em Sheffield, quando Liverpool e Nottingham Forest jogavam, 96 pessoas morreram no que ficou conhecido como o “Desastre de Hillsborough”. Todos eram torcedores do Liverpool.

Até aqui muitos devem estar se perguntando: “Tá, mas o que os Beatles têm a ver com o futebol?”.


Em 1964, a torcida do Liverpool canta nas arquibancadas de Anfield Road um dos maiores símbolos da beatlemania, a canção ”She Loves You”. Lindo!


Para começo de conversa queridos leitores, por ser fã dos Beatles e saber que eles eram da cidade de Liverpool, eu acabei fazendo uma associação louca com isso e passei a torcer pelo Liverpool na Inglaterra. Mas como eu disse era apenas uma associação LOUCA e sem lógica alguma.

Fazendo pesquisas pela internet, vi que vários blogs e sites sugerem discussões e teses sobre as preferências futebolísticas dos “Fab Four”.

Antes de qualquer coisa, circula a história de que os Beatles foram aconselhados pelo empresário da banda, Brian Epstein, a não fazerem comentários sobre os clubes de futebol que eles apoiavam, pois poderiam “alienar” alguns fãs.

Contudo, há deixas históricas de que John Lennon (meu beatle favorito) era torcedor do Liverpool. A capa do disco “Walls and Bridges”, disco da carreira solo de Lennon, é o desenho de uma partida de futebol de 1952, quando o notável beatle tinha apenas 11 anos de idade. Segundo especialistas, John retratou a final entre Arsenal e Newcastle, na FA Cup de 1952. O mais legal é que isso mostra que John curtia futebol, pelo menos, quando guri.
Na internet circula uma foto de Lennon com uma camisa que lembra o uniforme listrado do São Paulo Futebol Clube. Pena que não é verdade. Seria uma honra! Mas é muito provável que Lennon nem tivesse conhecimento sobre os clubes brasileiros.

O mais “chegado” ao futebol era Paul McCartney. Sempre deixou claro a sua predileção pelo lado azul da cidade, o Everton FC, influência de seu pai. Mas graças a sua diplomacia característica, Paul se rendeu aos encantos do Liverpool nos anos 1970. Inclusive existe um relato de que Paul McCartney estava em um barco no Caribe tentando escutar a decisão entre Liverpool e Manchester United pela final da FA Cup de 1977.

O baterista Ringo Star é torcedor do Arsenal, mas seus filhos torcem pelo Liverpool.

George Harrison sempre foi um amante da Fórmula 1 e nunca deu muita bola para o futebol.  Ele deixa claro nesta declaração: “Existem três times em Liverpool e eu prefiro o outro”.


Esta canção é de 1945. A versão da banda de rock “Gerry & the Pacemakers” dos anos 1960 foi a que se tornou hino do Liverpool. Existem vários covers para esta música, inclusive uma do meu amado Elvis Presley, em 1968.

Mesmo não havendo fatos que comprovem as preferências dos músicos no futebol, alguns acontecimentos são interessantes. Segundo algumas “lendas urbanas”, a banda teria gravado uma versão do hino do Everton FC. Porém o que se sabe realmente é que entre os personagens que fazem parte da capa do clássico disco “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” está Albert Stubbins, meio-campo do Liverpool entre as décadas de 40 e 50.

Bom, o fato é que nunca teremos certeza sobre essas informações. Por isso se algum beatlemaníaco souber de mais alguma história sobre este tema, por favor, entre em contato com este blog. Falar sobre os Beatles nunca é demais.



Nossa menina-google, Amanda Borba, é psicóloga e adora futebol.

Mas, cá, entre nós... 

Dizer que o John Lennon estava vestido com a camisa do São Paulo é demais, né, Amanda?

Ah, ela deixou outro vídeo. Mas, infelizmente não conseguimos postar porque o youtube desabilitou a incorporação. Mas, se você clicar no link abaixo, você conseguirá vê-lo.


Aqui a torcida do Liverpool canta a música usada como hino do clube, “You’ll never walk alone”.