Você sabe o que é um símbolo?
Não quero escrever nada que possa confundi-lo quanto ao assunto, por isso, tentarei explicar da maneira mais simples possível.
Assim, irei exemplificar: você sabe o que é um “símbolo sexual”?
Certamente, você deve ter pensado em “alguém” ou em “alguma coisa” quando pensou a respeito da expressão “símbolo sexual”, correto?
Pois, bem!
Isso exemplifica o que é um símbolo: uma palavra ou expressão que quando dita, imaginada, sonhada ou pensada, nos remete a algo com maior significado que a simples tradução das palavras ou da junção dos signos linguísticos.
Não foi isso que aconteceu?
A expressão "símbolo sexual" não se encerrou nela mesma, mas, fez com que você visualizasse uma imagem, algo ou alguém, os quais, você associou à expressão.
Você criou uma imagem em sua mente.
Quando uma palavra ou uma imagem trazem consigo implicações que estão além do seu significado literal ou imediato, segundo Carl Gustav Jung (1964), elas alcançam um “aspecto inconsciente mais amplo, que nunca é precisamente definido ou de todo especificado (p. 20)”, ou seja, um signo “é sempre menor que o conceito que ele representa, enquanto o símbolo significa sempre mais do que seu significado imediato e óbvio (p. 55)”.
As duas palavras, ditas de maneira isolada, por si só, já significariam alguma coisa, mas, ao serem colocadas em uma única expressão, acabaram por formular uma significação maior.
E se você ficar pensando muito sobre elas, perceberá que outras imagens e significações surgirão!
Os símbolos, normalmente, possuem significação universal, com algumas variações culturais ou pessoais.
Se eu disser “mãe”, como outro exemplo, muitos associarão à uma figura boa, doce, de cabelos brancos e avental, enquanto, outros, poderão imaginar uma mulher rude, violenta, com dentes escuros e que fumava demais.
No final das contas, mãe acabará por simbolizar alguém que dá a vida e que nutre, ocasionando a imagem positiva, mas que pode, também, ser castradora e implacável, proporcionando a imagem negativa, revelando que o mesmo símbolo, muitas vezes, poderá ter significações duais.
Isso também pode nos fazer pensar que o símbolo geral de uma palavra ou expressão - neste caso, o da “mãe” - pode não ser necessariamente o símbolo pessoal de cada um, mas, que, as pessoas já possuem universalmente um conceito do que a palavra “mãe” significa, independente da língua nativa.
As línguas podem até ser diferentes, mas, o conceito fundamental do símbolo materno (com suas características positivas e negativas) é universal.
Como eu gosto muito do assunto, decidi transcrever no blog, os símbolos constantes no Dicionário de Símbolos, de Chevalier & Gheerbrandt, uma das obras mais completas e respeitadas sobre o assunto.
Obviamente que, os símbolos serão trazidos à luz da Psicologia, Filosofia, Psicanálise e Mitologia, mas, o intuito final da publicação, é o de você perceba como os símbolos são construídos de acordo com as crenças, culturas e aspirações humanas.
E de como nós, ainda hoje, nos utilizamos todo o tempo deles e que, na maioria das vezes, não fazemos ideia da magnitude de seus significados.
Tentarei não fazer algo no pior estilo “copia e cola” do Dicionário, mas, devo dizer que a maioria das significações serão transcritas de acordo com o original e em ordem alfabética.
Por isso, não se apresse, nem me apresse, quanto a este ou aquele símbolo! No tempo correto, ele aparecerá!
O adicional da publicação do blog é que serão trazidas imagens para melhor visualização daquilo que o símbolo representa, além, da utilização de outras fontes.
Ah, claro, e todas as fontes consultadas estarão indicadas ao final da postagem, como deve ser!
Espero que o Dicionário não seja apenas de interesse de meus colegas psicólogos, mas que, muitas pessoas, independente de suas formações e ocupações, sejam alcançadas e possam usufruir das publicações.
Posso testemunhar que ao pesquisar e estudar sobre os diversos símbolos, fui, eu mesma, em diversas ocasiões, surpreendida com o maravilhoso universo de conteúdos e significações dos mesmos.
Espero que você, também, aproveite!
Abraços.
Fonte: JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964. 488 p.
Que legal! Vou acompanhar as publicações dos símbolos.
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